Não segui particularmente a sua carreira e sei pouco dela. Não leio revistas cor de rosa nem tablóides e pouca televisão vejo. Reconheço-lhe a voz potente e as letras que marcam. Reconheço-lhe a vida marcada por excessos, a alma desassossegada e conturbada. Em suma, não me aquecia nem me arrefecia, muito honestamente.
Por isso não choro a sua morte, mas respeito a dor da sua família e amigos e dos fãs. Mas não deixo de pensar que uma morte assim aos 27 anos, com tanto para se viver, sentir, dar e receber é um desperdício, é uma fatalidade, é um absurdo.
Ontem quando me apercebi da sua morte, li alguns comentários por esse mundo virtual que me deixaram boquiaberta... a comparação com os acontecimentos na Noruega é para mim incompreensível. Não entendo de todo! São totalmente distintos e achar que um é mais ou menos importante?! Não entendo!
Sei muito pouco de adições - até sei algumas coisas, mas não é área que me agrade particularmente - mas pelo amor de Deus, não se trata de uma escolha... a coisa é bem mais complexa! Alguém escolhe ser doente?!? Sim porque estamos a falar de uma doença!! Não quero entrar em discussões sobre esta matéria... apenas quero dizer que me choca como julgamos as pessoas, como somos tão superiores, como somos intocáveis... Ah e tal a escolha foi dela com a vidinha que levava... ah e tal... não, não é tão simples assim... Se fosse simples já teria sido totalmente erradicada!!!
Que descanse em paz e que finalmente sossegue a alma é o que lhe desejo!
1 comment:
Carla, eu sou das pessoas que acham que foi uma escolha . E sempre uma escolha. Desde a primeira vez !
Claro que para pessoas mais fracas a escolha de se "curarem" nao e de todo facil; mas nao deixa de ser uma escolha !
Estas "doencas" ( alcool e drogas ) ao contrario de todas as outras doencas, tem a cura na vontade do "doente" se querer "curar".
Nao o digo com superioridade, mas nao consigo "passar a mao na cabeca" que quem faz tanto mal a si proprio e aos seus; por escolha !
Eu tenho dois amigos que ha muitos anos atraz eram completamente " agarrados" e um dia pararam e mudaram. Hoje tenho orgulho deles.
Doenca para mim e um cancro, por exemplo.
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