Tuesday 29 March 2011

Memorias

E enquanto escrevo sobre a acorda alentejana dou-me conta que a minha querida avo' partiu ha' quatro anos. Nao consigo evitar uma lagrima!
Minha querida avo, estejas onde estiveres eu sei que estas a olhar por mim! Ainda que nos teus ultimos anos de vida ja mal te reconhecesses acredito que agora essa maldita doenca ja' nao te afecta e que me reconheces outra vez. Quando te vi pela ultima vez nao me conheceste, disseste-me que a minha cara nao me te era estranha, mas nao sabias quem eu era. Foi o maior golpe que tive ate' hoje, o chao fugiu-me dos pes, ha muito que nao conhecias a maioria das pessoas, mas continuavas a reconhecer-me a mim e ao avo. A minha avozinha ja nao me reconhecia! Quando te disse o meu nome fizeste uma grande festa, disseste 'as outras pessoas que eu era a tua netinha... durou pouco, logo a seguir voltou outra vez aquele vazio no teu olhar.
Querida avo, de ti guardo a memoria do quanto me fizeste feliz, do teu riso e das tuas piadas prontas e certeiras. Guardo as brincadeiras de miuda no monte e de como me deste asas para voar... um dia vou-te reencontrar...

No comments: